lunes, 17 de mayo de 2010

Las Farc en Brasil?

Captura de guerrilheiro revela base das Farc no Brasil
Domingo, 16 Maio, 08h40

Um relatório sigiloso produzido pela inteligência da Polícia Federal joga por terra o discurso do governo brasileiro de que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) não agem do lado de cá da fronteira.

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De acordo com o documento, datado de 28 de abril, a guerrilha colombiana não só tem violado sistematicamente a fronteira Colômbia-Brasil como tem utilizado o território brasileiro para seus negócios, especialmente o narcotráfico.
A conclusão faz parte do relatório final da investigação que levou à prisão, no dia 6, de José Samuel Sánchez, o "Tatareto", apontado pela Polícia Federal como integrante da comissão de logística e finanças da 1.ª Frente das Farc, um dos mais importantes destacamentos da guerrilha colombiana.
O grupo que trabalhava na base brasileira utilizava conhecidas técnicas das Farc. O sistema de comunicação que Tatareto mantinha em seu sítio, perto de Manaus, era acionado em horários predeterminados para contatos com a guerrilha na Colômbia: às 7 horas , às 12 horas e às 17 horas. Na maioria das vezes, os diálogos eram codificados.
A exemplo do que as Farc fazem na selva colombiana para esconder armas e drogas, os dois aparelhos de rádio-comunicação ficavam enterrados, dentro de um tonel. A antena utilizada, que não costuma ser discreta, repousava, cuidadosamente camuflada, entre as copas de duas árvores.
Tatareto - "gago", em espanhol - foi preso com mais sete pessoas. Ele é acusado de comandar uma importante rota do tráfico que usava rios da Amazônia para fazer chegar a Manaus carregamentos de cocaína produzida na selva colombiana pelas Farc. Da capital do Amazonas, a droga era distribuída para outros Estados brasileiros e para a Europa.
A PF afirma que a guerrilha, encurralada na Colômbia pelas operações militares do governo de Álvaro Uribe, chegou a estabelecer bases na Amazônia brasileira. Encarregado da arrecadação de recursos para as Farc, diz o relatório, Tatareto "transferiu sua base operacional para o território brasileiro, de onde poderia coordenar (as atividades) com mais tranquilidade, sem o perigo do confronto armado frequente com as forças oficiais da Colômbia". As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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